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Tarot na net: a qualquer hora e em qualquer lugar

Com o meu método, pode através da internet fazer uma tiragem de tarot com veracidade e seriedade sem sair de casa. Poderá experienciar o mundo do tarot de uma forma muito positiva: tarot_net@sapo.pt

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20.12.08

Vivências: Um Natal diferente


Márcio Branco

Já mencionei antes o meu apreço pela quadra natalicia (o cheirinho a canela é tão bom!!!) e vou aqui contar um episódio da minha vida que se passou no Natal e que de alguma forma me marcou desde então.

Sempre tentei aproveitar ao máximo as situações porque acho que devemos viver sempre como se fosse o nosso ultimo dia, a verdade é que é mais fácil dizer do que fazer! Com os ritmos de vida, estudos ou trabalho ou as duas coisas e acrescenta-se a vida familiar e vida social ficamos com uma planificação diária bastante rigorosa e que dificilmente permite um desvio ou um devaneio sem corrermos o risco de ficarmos com assuntos pendentes. É sempre o mesmo dilema, por exemplo, se optamos por ir fazer compras na hora do jantar teremos de jantar mais tarde ou nem jantar. O que faz com que nos deitemos mais tarde logo iremos dormir menos, no dia seguinte estaremos cansados e já não iremos sair com os amigos de longa data, etc, etc, etc. É um exemplo fútil mas dei para perceber o que quis dizer :-)

Certo natal, mais especificamente há 9 anos atrás (dia 24 de dezembro) ía levar o chavier a passear (o chavier era o meu cão e sobre ele ainda tenho um post para escrever mas fica para 2009) e o chavier adorava ir à rua. Estranhamente nesse dia não queria entrar no elevador, eu bem que o forçava mas ele resistia e eu não percebia a razão e também não me apetecia descer os 8 andares para chegarmos à rua por isso peguei nele ao colo e entramos no elevador.

O momento a seguir é daquelas lembranças que ainda hoje consigo descrever como se tivesse acontecido à minutos atrás, carreguei no botão e literalmente em milésimos de segundo a caixa do elevador entra em queda livre e eu senti o meu corpo a ser puxado pela gravidade com toda a força. Quando a caixa do elevador começou a queda eu perdi por completo a visão pois o organismo nem teve tempo de se adaptar àquela queda brusca e eu tive a sensação que caí durante minutos. Agora sei que o cabo do elevador tinha dado uma volta em falso na roldana que o faz subir e descer e quando ele recebeu a ordem de descer essa volta em falso desfez-se e naturalmente o elevador entrou em queda durante o tempo em que o cabo não estivesse estendido. Apenas desci dois andares em queda livre, do oitavo para o sexto e em termos de segundos é coisa pouca mas para mim essa queda demorou bastante estranhamente, senti-me no vazio e estava a ver tudo escuro.

Não vi a minha vida a passar, não vi lembranças, não vi nada. Quando o elevador parou no sexto andar, o meu corpo embateu no chão mas também não senti dor, apenas uma enorme confusão cerebral, não sentia o corpo nem os membros, foi preciso uns segundos para que a "máquina" voltasse a raciocinar e com ela a visão regressou e vi o meu cão junto a mim com bastante medo e nos olhos dele li: "Eu não te disse que não era bom entrar no elevador!!".

Sai do elevador e quando cheguei à rua a felicidade do meu cão de pisar a relva e a minha felicidade de voltar a pisar as pedras da calçada eram similares, nesse momento foi como se me tivessem dado uma oportunidade de fazer algo de diferente. De ter acordado e ter a oportunidade de realmente aproveitar a vida, porque uma coisa vos digo, é mesmo bom pisar a relva!!! Desde esse momento que tento e esforço-me por não deixar que trivialidades me deitem abaixo, ó importante é todos os dias fazermos o melhor para que esse dia seja mesmo bom.

Esse evento por ter acontecido no natal também me permitiu ver que no natal existem de factos milagres :-) E por isso eu acredito que vale a pena estar vivo para fazer alguém feliz e vale a pena estar presente quando um amigo faz anos, ou alguém precisa de nós, nem que seja para simplesmente dizermos:" Eu estou aqui, conta comigo".

Bom fim de semana e fiquem bem :-)

13.12.08

Vivências: Natal


Márcio Branco

Eu gosto imenso do Natal, gosto da época, gosto dos cheiros, gosto das comidas, gosto das decorações, gosto de tudo :-)

Penso que em crianças o Natal tem de facto muito encanto, podemos agora reflectir que nem todas as crianças usufruem do natal no seu esplendor mas vou falar apenas na minha experiencia e felizmente posso dizer que tive uma infancia dentro da normalidade.

Os meus pais sempre me proporcionaram o melhor que conseguiram mas sempre notei à minha volta que esta quadra é também repleta de muita tristeza e sinceramente sempre que questionei sobre isso. O porquê dessa sensação sempre me fez confusão porque mais do que qualquer época do ano deveriamos estar felizes, é uma altura em que o melhor de nós vem ao de cima, em que pensamos mais nos outros do que em nós.

Não é o dinheiro que conta, não é o valor das prendas mas sim a mensagem que temos de passar, o estarmos com todos aqueles que gostamos, o estarmos presentes para dizer olá, o ligarmos a alguém e simplesmente dizer que está no nosso pensamento.

Todos nós podemos multiplicar por mil a felicidade de alguém e para isso basta dizer uma palavra, sentir que alguém está connosco é mais importante que qualquer artigo "dolce & Gabana" (até acho que está mal escrito!! Ehehehh).

O Natal é sempre que alguém quiser e é bem verdade mas existe uma altura do ano para ele e por isso vamos aproveitar está bem :-)

Por favor deixem as tristezas de lado, deixem as amarguras para janeiro, não se deixem ser contagiados pelos maus pensamentos nem pelas pessoas que foram já vencidas pela tristeza interior, vamos manter a criança dentro de nós viva e sempre pronta para brincar :-)

Não existe nada mais importante do que estarmos felizes connnosco mesmos e estarmos rodeados daqueles de quem gostamos.

Todos os anos escrevo postais aos meus amigos e pessoas proximas, não são e-mails!!! São postais mesmo!! E depois é só ficar à espera se alguém responde :-)

Todos os anos tento fazer uma surpresa a alguém que não está mesmo à espera :-) E depois sabe bem viver o ano todo com o sentimento de que fomos mesmo o Pai Natal e que conseguimos proporcionar felicidade a alguém :-)

Escrevo este post agora porque ainda estão a tempo de fazer a diferença. Vamos a isso :-)

06.12.08

Vivências


Márcio Branco

As nossas vidas são feitas de momentos positivos e momentos menos positivos (ehehehhe, na verdade alguns são mesmo momentos maus!!! Mas é sempre com gosto que os relembro de momentos menos positivos).

Existem momentos que à primeira vista são do mais insignificante que pode haver mas que por terem acontecido no momento "certo" conseguem ser bastante marcantes e com repercussões durante anos.

Quando era criança, a minha avó tinha uma gata. Chamava-se "Amarela", escusado será explicar o motivo do nome!!! Era uma gata incrivel, muito meiga e tinha uma caracteristica fascinante, quando estava a chegar da escola já ela vinha ao meu encontro na rua.

Era uma gata muito meiga e estava muito presente e obviamente que para uma criança era delicioso ter uma companhia assim.

Um dia a Amarela não aparecia e como não era normal começamos todos à sua procura, infelizmente a triste noticia confirmou-se e ela foi encontrada morta. Estava deitadinha no quintal que era comum no prédio e os sinais evidenciavam que ela tinha sido envenenada. O prédio só tinha duas propriedades e naturalmente que não seriamos nós a envenenar o nosso gato por isso a vizinha foi logo a principal suspeita.

Conseguimos apurar que ela tinha colocado veneno nas plantas do quintal e não teve o cuidado de nos avisar. A voz de uma criança pode ser muito cruel e eu disse à vizinha que ela devia de sofrer o mesmo destino da Amarela.

Essa vizinha faleceu mais tarde de uma doença bastante cruel, o cancro, quando soube da noticia senti um misto de emoções. Por um lado senti-me vingado, pelo que aconteceu à minha gata, senti que a justiça tinha existido porque ela tinha tido um destino final bastante similar e por isso estava satisfeito.

Por outro lado senti-me triste e confuso porque eu como pessoa não desejo mal aos outros nem acho correcto que nos andemos a alimentar de maus pensamentos, tais como os pensamentos de que alguém devia sofrer um destino cruel.

A nossa existencia humana permite-nos ter estas viagens emocionais, em que uns dias conseguimos ser altruistas e outros dias somos os maiores canalhas na face deste planeta. Penso que o certo e o errado pode depender de cada um e da situação mas as nossas escolhas vão sempre ficar "coladas" a nós e serão como o nosso passaporte.

O passado pode ser vergonhoso ou menos correcto mas podemos sempre corrigir e mudar. Por isso acredito no melhor que vem dentro de nós, nem que seja uma única vez na vida :-)

 

29.11.08

Vivências...


Márcio Branco

Quer seja durante as consultas ou em conversas via mail ou online existe sempre um tema que surge e diz respeito à minha vivência pessoal, como cheguei até aqui, que experiências me permitiram atingir o conhecimento necessário para poder desenvolver a área da tarologia. Penso que apenas estudando  o tema não conseguiria ter nem um terço do conhecimento nem da sensibilidade que tenho actualmente (mesmo que o saber actual seja pouco, seria ainda menor se não tivesse vivido e experenciado o que ficou para trás).

Completei recentemente 30 anos e não posso dizer que tenho 30 anos de experiencia :-) Desde que se nasce que começamos a captar e a absorver informações mas eu apenas começo a contar a partir dos meus 14 anos porque foi nesse periodo que comecei a tomar decisões que sabia que iriam mexer radicalmente comigo e com a forma de estar daí em diante. Para outras pessoas poderá ser mais cedo ou mais tarde, depende, no meu caso tenho bem presente essa idade.

Como eu não tenho segredos (ou quase nenhuns :-)!!!!) resolvi escrever uma série de post´s intitulados de "Vivências" e neles vou contar alguns dos meus trajectos e assim também partilhar convosco algumas dessas vivências, umas mais positivas que outras.

Eu costumo dizer que em criança era muito sem sal!!! E digo isto porque não era uma criança muito receptiva aos outros, como filho único sempre fui protegido de forma a que o mundo não me conseguisse tocar, estava sempre vigiado para que nada me acontecesse. Penso que é uma reacção normal dos pais, protegerem ao máximo os filhos e cedo me habituei a criar os meus mundos e as minhas fantasias. Não sentia necessidade de amigos porque os amigos que eu criava eram bem mais divertidos.

Claro que isto fez com que ficasse uma criança mais isolada e menos atenta ao mundo e também muito mais desfazada do que realmente se passava na sociedade. Rapidamente me tornei numa criança com receios, pouco dada a confrontos e muito pacifista. Tinha muitos amigos e divertia-me muito mas nunca fui notado por nenhuma qualidade especial, era mais um e se não fosse brincar nesse dia também não notavam a minha falta.

Sempre tive uma personalidade muito independente e também os meus gostos eram bastantes diferentes dos restantes meus amigos por isso também me sentia uma pouco alternativo (claro que naquele tempo não dizia que era alternativo!!! Isso é uma qualificação que dou agora!!). Quando se é calminho e não somos chamados pelo grupo de amigos para irmos jogar futebol apenas nos resta ser bons alunos :-) E sempre fui um bom aluno (ao menos isso, ehehehe!!) Até que a idade vai passando e mudo de escola para frequentar o 7º até o 9º, bem, que periodo terrivel!!!

Uma escola totalmente diferente e de repente sou confrontado com o que agora se designa de bulling, com rufias, com violencia gratuita. E rapidamente me apercebo que só tenho duas soluções, ou vencer ou juntar-me a eles. Se há coisa que ainda hoje não suporto são injustiças e situações em que o mais forte vence pela sua superioridade de força.

Nos primeiros tempos ainda consegui escapar mas sabia que não podia ser para sempre e para mim era impensavel por exemplo pagar 100 escudos por dia para não me baterem.

Então o dia chegou e o grupinho dos meninos dirigiu-se a mim e fizeram a proposta do costume, ou pagava 100 escudos ou então era levar porrada todos os dias!!!!

Não sou uma pessoa violenta e por isso evito confrontos mas não fujo a eles!!! Disse-lhes educadamente que não dava dinheiro nenhum e nem tive tempo de resposta, foi logo começar a levar!! Nesse dia cheguei a casa e nem comi porque me sentia mesmo mal com a sensação de injustiça e de revolta dentro de mim. Nessa noite não dormi e tomei uma decisão muito importante, a partir desse dia não iria evitar os confrontos porque era impossivel escapar a eles, iria enfrenta-los de imediato para não ter que andar com medos para sempre.

No dia seguinte cheguei à escola e o grupo estava à minha espera (eram 4 rapazes), animados e bem dispostos porque pensavam que iriam ter mais diversão, estavam a vir na minha direcção e nem tiveram tempo de dizer nada porque eu acertei logo no primeiro na cara, o segundo nem reagiu porque não era normal estarem a ser atacados e o terceiro ainda tentou responder mas também levou. Nesses minutos de luta ganhei a minha independencia, nunca mais fui incomodado :-)

A partir desse dia tive uma sensação que era respeitado, não por mim mas pela força bruta e também tive a noção que podia impor a minha vontade a outros, mais fracos. Mas penso que a grande lição a tirar é que é preciso saber parar depois de se cometer a violencia, ou seja, usei a violencia para me libertar mas depois também ganhei um poder que soube bem mas sabia ser errado e daí senti-me muito bem por saber fazer a escolha certa e voltar a ser a pessoa calma que era. Claro que se voltasse precisar  usar da força o faria mas também não iria incomodar ninguém só porque sabia que tinha essa força ou vantagem.

E foi esta a minha primeira grande lição, só porque temos um "poder" não devemos incomodar ou escravizar os outros, o poder serve para ajudar a facilitar a caminhada dos outros e a nossa também, nunca para obstruir.