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Tarot na net: a qualquer hora e em qualquer lugar

Com o meu método, pode através da internet fazer uma tiragem de tarot com veracidade e seriedade sem sair de casa. Poderá experienciar o mundo do tarot de uma forma muito positiva: tarot_net@sapo.pt

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02.08.08

Livro do Mês: História Desconhecida dos Homens, desde há cem mil anos


Márcio Branco

Este mês aconselho-vos um livro que para mim é daquelas pérolas bibliográficas que merece destaque em qualquer estante :-)

Descobri este livro por volta dos 12 anos, estava arrumado dentro de um armário e para mim foi como descobrir um tesouro, talvez tenha sido este livro o causador da minha faceta mais esotérica e alternativa, pois este livro sem dúvida que abriu os meus horizontes, para uma realidade que diariamente é construida e reconstruida e que somos nós, individualmente, que devemos interrogar e questionar para que nada nos escape ou nos seja "oferecido" como verdadeiro sem o ser, aqui vai a sinopse deste livro, de 1963, Livraria Bertrand, do autor Robert Charroux:

"Em a História Desconhecida dos Homens desde há Cem mil anos, o autor aborda a sua tese fundamental, o homem de hoje nada inventou, tudo já foi vivido, experimentado pelos Antepassados Superiores. Os homens construiram já naves siderais, viajaram no cosmos, conheceram as ondas hertzianas, os motores de reacção e ião-solares, a nergia atómica. Irradiaram o nosso planeta e deterioraram a espécie humana. Mas os poucos sobreviventes desta humanidade superior, antes de desaparecerem ou cairem na inconsciencia - antes de se tornarem aquilo a que nós chamamos "homens pré-históricos" -, legaram aos seus decendentes uma grandiosa mensagem, advertindo-os das consequencias das suas próprias descobertas. Porém, no decorrer dos séculos, centros de contraverdade têm ocultado este conhecimento, mantido embora pelas sociedades iniciaticas.

Extraordináriamente documentado, "História Desconhecida dos Homens..." pode inicialmente surpreender mas convence à medida que as páginas vão passando e se acumulam os factos que enleiam o leitor fascinado pela Primi-História, quando os nossos longiquos antepassados viveram aquela civilização que os sábios de hoje, em segredo, reconstituem, anunciando o regresso dos Mestres do Mundo".

Um livro fascinante que aborda os mistérios do mundo, desde as civilizações antigas às descobertas cientificas mais marcantes. Tudo isso será obra nossa, ou alguém trilhou este caminho antes e deixou-nos pistas para alguém seguir. Os detentores destes saberes quererão partilhar com a humanidade aquilo que sabem ou estarão em segredo a acumular riquezas e poder para proveito próprio???

Estas e outras perguntas e obviamente respostas, num livro de 1963, que sem dúvida nenhuma nos faz pensar e cativa página a página. Penso que este livro será muito dificil de obterem, devido à idade do mesmo e da edição já estar possivelmente esgotada mas podem sempre tentar na biblioteca da vossa cidade ou algum alfarrabista.

O meu exemplar está bem guardado :-)

Boas leituras e fiquem bem.

21.06.08

Ficção: Capitulo 6


Márcio Branco

A Raquel lia o diário e ficava mais fascinada pela história, a manhã já estava perdida porque há cerca de duas horas que lia o misterioso diário. "Afinal isto é trabalho" pensou ela enquanto ligava o portátil e fazia uma pesquisa na net para ver se encontrava alguma coisa sobre o Ricardo Sousa. A internet era um meio de busca fantástico e se esta história tivesse um minimo de verdade o tarólogo deveria estar mencionado em algum sitio, anuncio ou reportagem online.

A busca revelou-se um pouco mais vasta do que ela poderia supor, pelo nome o motor de busca devolveu dezenas de links, a maioria referente a uma noticia de jornal sobre um prédio em disputa por duas pessoas, uma delas Ricardo Sousa. Como ela era experiente nestas buscas aliou ao nome a palavra "tarot" e talvez assim o motor de busca fosse mais simpatico.

E foi!! Logo na primeira página surgiu o link para um tarólogo de seu nome Ricardo Sousa, era o único a ser referido por isso decidiu arriscar e entrou no site. Lá tinha várias secções e um formulario para duvidas ou questões e a raquel fervilhava interiormente porque para ela era como se estivesse a decobrir ouro numa mina. Enviou o e-mail a relatar a situação e indicou onde poderia ser encontrada, ela estava contente consigo mesma, ela iria devolver o diário ao seu legitimo dono. O telemovel começou a tocar e ela assustou-se, por momentos pensou que poderia ser já o dono do diário a ligar e com o susto o diário caiu e algumas folhas espalharam-se pelo chão. Ela conseguia ver que quem ligava, era o Tomás e por isso rapidamente recolheu as folhas e dirigiu-se para o gabinete dele.

- Até que enfim Raquel, onde andavas, tive de ligar-te? - Ele estava irritado, principalmente porque ela deveria ter estado presente quando ele deslidou o mistério com todo o brilhantismo que ele achava que tinha - Daqui a nada chega o dono do diário.

Ela ficou em choque - Como? Como é isso possivel Tomás? - Ele estava a gostar da admiração dela, tinha conseguido o efeito desejado, ele era o maior!

- Liguei para o depósito de onde veio o pacote e pela morada que o autor do diário indicou consegui obter um numero de telemovel. Resolvi ligar e tive sorte, ele não está em Lisboa neste momento e vem a caminho. O mais tardar ao final da tarde já ficamos a conhecer o misterioso Ricardo Sousa - Terminou a frase com um largo sorriso de orelha a orelha.

A raquel por sua vez estava satisfeita mas algo não batia certo, tanto tempo que o diário andou perdido e bastava simplesmente alguém ter pesquisado a morada e ligar para o dono - Tomás e se for uma armadilha? Pelo que li no diário gente poderoso pode andar atrás dele.

- Raquel isto não é um filme está bem, é a vida real da mais parva que existe, sem perseguições, agentes secretos ou tipas muito bem feitas que acabam na cama dos heróis, apesar de que temos até uma mulher bem gira na história - E mal disse apercebeu-se da enorme descaída que teve, pela primeira vez fez um elogio directo à Raquel e ele sabia que ela tinha percebido.

- É pena não seres nenhum agente secreto herói Tomás, senão até conseguias o teu final desejado - e começou a rir e a indirecto ficou por ali mas no fundo ela gostou daquele elogio, ele afinal reparava nela, não só como profissional mas também como mulher. - Sendo assim Tomás vou ler mais um pouco do diário porque mais logo já o vou ter que devolver, não te importas?

- Não, lê lá as aventuras do teu herói romântico!!

A Raquel continuava a não achar todo aquele desenlace muito bem, algo cheirava muito mal mas ela também concordava com o Tomás que a vida real é bem mais enfadonha que os filmes, aí tudo é maravilhoso e o final é sempre feliz. Ela sentou-se na sua secretária e olhava para o diário quando o telemovel volta a tocar.

- Sim Tomás, que desejas?

- Não é o Tomás, quem fala é o Ricardo, Ricardo Sousa e penso que a Raquel tem o meu diário. Gostaria imenso de falar consigo, quando posso ir ter consigo?

- Olá Sr. Ricardo, pensei que já tinha combinado isso com o meu colega, o Tomás, quando falaram ao telefone não combinaram uma hora?

- Não Raquel, por isso liguei, eu estou na cafetária dos vossos escritórios, a raquel pode vir ter comigo agora?

- Sim claro mas pensei que vinha.... - E foi imediatamente interrompida pela voz ao telefone.

- Venha já Raquel, falamos já.

Agora sim era tudo muito estranho mas a curiosidade falava mais alto e ela corajosamente dirigia-se ao encontro da voz do telefone.

 

................................................................................Continua......................................................................

29.03.08

Ficção: Capitulo 3


Márcio Branco

A rotina diária é algo a que ninguém escapa, seja ela qual for. Poderão umas rotinas ser mais interessantes que outras? Essa pergunta surgia com alguma frequência na sua cabeça e rapidamente chegava à conclusão que sim, que a sua rotina era uma verdadeira aventura. Isto porque diáriamente era confrontado com histórias diferentes, pessoas diferentes, escolhas e caminhos que o permitiam ver o mundo não só pelos seus olhos mas pelos olhos de todos aqueles que o procuravam. Era a sua recompensa, o seu reforço positivo diário para se levantar e ir trabalhar. Hoje não seria diferente. Levantou-se da cama e olhou o corpo da sua esposa deitado na cama e admirou a sua beleza. Esta era mais uma rotina diária mas nunca se cansava de a fazer, olhar para a esposa era como ganhar forças para aguentar mais um dia, depois tomava um banho, preparava o pequeno almoço para os dois e nunca saia de casa sem dar um beijo de despedida. "Já te disse que te amo?" - dizia ele ao ouvido - "Dizes-me todas as manhãs mas eu gosto de ouvir" - respondia ela ainda meio ensonada mas a acordar para a sua rotina diaria.

Para ir trabalhar não precisava de levar carro, bastava sair de casa e entrar no metro, em 15 minutos estava no seu escritório, um edificio antigo mas como tudo o que era antigo mantinha uma aura de mistério à sua volta. O escritório ficava no rés-do chão e mal entrava já era habitual ver a assistente em volta do computador - "Bom dia Alice, como estás hoje?" - era a pergunta habitual que ele fazia e era muitas vezes acusado de ser repetitivo e enfadonho. " Estou bem, quer dizer mais ou menos, nem por isso sabes?!". - "Fiquei sem saber se estás a ficar com multipla personalidade ou se simplesmente ainda nem sabes como estás hoje mas deixa lá, no final volto-te a perguntar e já deves saber! Espere eu! Como estamos hoje de trabalho Alice?"

- "Bem, hoje vais ter muito para fazer. Tens às 10h30 marcação com uma senhora do algarve. Às 12h vem cá o senhor Filipe, da consulta do mês passado e da parte da tarde....." - Mas foi interrompida sem poder concluir a frase - "Ok, vamos primeiro trabalhar de manhã e depois de tarde voltamos a falar, senão não justificas o salário que te pago!" e começaram ambos a rir-se.

Ainda nem eram 10h30 quando uma jovem mulher, rondando a casa dos trinta se dirigiu à assistente - "Tenho uma consulta marcada com o Sr. Ricardo Sousa"- a sua voz era firme e ligeiramente grave. A Alice gostava imenso daquel trabalho porque podia avaliar as diversas mulheres que entravam no escritório e gostava de fazer julgamentos apenas pela pinta delas, para a Alice esta mulher correspondia ao perfil de mulher jovem que trai o marido e que depois não sabe o que fazer quando se vê prestes a perder a fortuna. - "Sim, já está à sua espera, pode entrar. Eu vou acompanha-la"

O escritório era um local um designado por muitos como fascinante, porque não se parecia nada com um escritório tipico. Era uma sala com mais de 50 metros quadrados, com as paredes forradas com prateleiras e livros e toda a sala parecia uma confortavel sala de estar. Com lareira, chaise longues e o unico sinal de modernidade era o portátil em cima de uma mesa de secretária também ela com aspecto rustico e maciço. Era neste espaço que diariamente o Ricardo realizava as suas consultas de tarologia. Este espaço foi herdado do seu avó e ele resolveu manter todo o aspecto original, sentia-se como em casa, confortavel e queria transmitir isso para os seus clientes.

Ele estava sentado no sofá a ler um livro quando a Alice entrou com a cliente das 10h30 - "Muito prazer, sou o Ricardo, por favor sente-se"- cumprimentou-a e indicou-lhe um dos diversos espaços livres à sua frente. - "Obrigado, chamo-me Odete e é um prazer conhece-lo, tive boas referências suas" - disse enquanto se sentava e fazia a avaliação da pessoa que tinha à sua frente.

Uma amiga da Odete, consultou o Ricardo à cerca de 5 meses atrás e descreveu-o com sendo um homem por quem qualquer mulher cairia rapidamente, não obstante que era um excelente tarólogo também. E de facto o homem que ela via era um homem interessante, ainda jovem, com o olhar jovial, fisicamente bem dotado, deveria fazer ginásio. Ela sempre teve bons olhos para estes pormenores e imediatamente reparou que ele usava aliança portanto deveria ser casado, o que ainda aumentava o charme dele. E a própria sala era magnifica, ela já se podia imaginar deitada num daqueles sofás completamente nua, com o tarólogo ou com qualquer outro homem, menos o marido obviamente. - Estou a reparar que é casado, a sua esposa é a assistente?" - Ela sabia perfeitamente que não era, mas ela preferia fazer-se de burra e sacar algumas informaçoes, aprendeu isto com o marido, nunca se sabe se poderão ser uteis mais tarde. - "Sou casado sim mas não com a Alice, que é a minha assistente. Deve ter reparado que ela é uma jovem em comparação comigo que já estou a caminhar para a velhice" - começando a rir-se - " A minha esposa está numa área muito distinta da minha, mas muitas vezes passa por aqui, um dia poderá ter a oportunidade de a conhecer."

Ele estava habituado a fazer uma conversa inicial de circunstancia porque era preciso pôr as pessoas à vontade e não se importava com as perguntas mais indiscretas. Era natural que algumas clientes tivessem ideias erradas sobre ele, ou sobre a consulta em si mas  o importante era esclarecer imediatamente tudo e a questão dele ser comprometido era recorrente e ele falava muito nela para que também segundas intenções não fossem criadas, pois nada mais natural que uma mulher carente, que se aproximava dele para contar a sua história menos feliz e neste periodo de carencia os sentimentos começassem a ser confundidos e rapidamente a consulta poderia tornar-se numa sessão sexual como acontecia com muitso profissionais da área que mais do que tarólogos eram prostitutos que apenas realizavam as fantasias das mulheres casadas. Ele não queria isso para si e por isso mantinha sempre o nivel da consulta.

Nunca julgava ninguém e para ele a Odete era mais uma jovem mulher que necessitava de alguma orientação, não imaginava ele que esta consulta iria causar muitos problemas futuros.

- " e então Odete, em que posso ajuda-la? Enquanto partilha comigo essa informação vou oferecer-lhe um chá" e enquanto se levantava para uma mesinha de apoio que tinha junto de uma estante a Odete começou a sua história.......................

 

............................................Continua..................................................................................................................

08.03.08

Ficção: Capitulo 2


Márcio Branco

Dirigem-se ambos para o escritório e o Tomás ainda não assimilou a informação toda - Mas que raio se passa Raquel? Quem é esse Ricardo? - Ele começava era a suspeitar que deveria ser algum romance mal resolvido da assistente e agora ela estava tresloucada. Para ele as mulheres não faziam muito sentido, especialmente depois do que aconteceu com a ex dele.

- Tu ouves mal é? No outro dia estavas eufórico por encontrar o feliz destinatário de umas bolachinhas de chocolate e agora que te digo que isto é que é importante não me ouves!! Ouve Tomás - E olhou para ele como nunca o tinha feito - Foi para isto que este departamento foi criado, finalmente temos trabalho à nossa altura.

Não tinha espirito aventureiro mas tinha de lhe dar razão, o que ele aspirava para o departamento era que os pacotes finalmente entregues fossem importantes, uteis para o destinatário e não apenas peças sem validade. Finalmente começou a dar atenção ao que ela dizia e as peças deste novo puzzle começaram a mexer dentro da cabeça dele... Um diário....Uma encomenda não entregue...Um tarólogo... E principalmente um nome, terem um nome era muito importante, a maioria dos casos era resolvido apenas com a informação do nome.

Já no escritório olhou para o objecto de tanto alarido, um caderno aparentemente simples, com aspecto de ter sido bastante usado e com a particularidade de ter uma capa em couro. De resto banalissimo na sua aparencia mas mesmo assim parecia emanar dele algo poderoso, alguma energia mistica que o impelia a abri-lo e a saber os seus segredos. A Raquel pegou numa folha solta e entregou-lhe - Lê isto e já percebes tudo.

"Olá Sergio, desculpa só contigo em momentos de aperto. Temos mesmo vidas desencontradas. Quando estiveste aqui estava a resolver uma situação e quando pude ir aí também estavas de licença noutro local. O que importa é que naquela data vamos estar juntos, ao menos nesse dia já sei que podemos falar. Já sei que inventaram telemoveis mas não é a mesma coisa, eu sei que preferes as cartas e no fundo eu também, torna as missivas mais interessantes e perigosas, eheheheeh. Também não te tenho ligado porque suspeito de uma situação e não queria envolver-te, pelo menos muito! A verdade é que penso estar a ser seguido por individuos com más intenções, ou melhor, tenho a certeza!! Posso dizer-te que o que te envio foi arrancado ao soco de um individuo que assaltou o meu escritório.

Não te alarmes Sérgio porque não te envio nada perigoso, eles nem sabem que te envio isto. Envio-te um dos meus diários porque penso que as pessoas que o querem desejam obter informações pessoais sobre determinada pessoa e através do diário podem faze-lo. Envio-to para que não caia em mãos erradas e decerto quando o receberes já a policia tratou deste assunto.

Promete-me uma coisa, caso suspeites ou sequer pressintas que algo não está bem envia novamente o diário por correio. Sérgio, tem de ser pelo correio, para esta morada: Rua Dr. Magalhães Lemos, nº 13, Apartado 31, Portugal.

Depois pago-te um copo e há sueca também, já sei que namoras agora!!!

Até breve, Ricardo Sousa"

O Tomás terminou a leitura e ficou com a ideia de que de facto o diário era pretendido por pessoas menos correctas e era seu dever devolve-lo. A Raquel tinha razão, era emocionante, era como participar numa aventura. - Que vamos fazer Tomás ?- questionou a assistente.

- Vamos começar por traçar o precurso desta encomenda, ver de onde saiu e por onde andou. Felizmente ela está registada e vai ser mais fácil verificar isso - Enquanto falava já introduzia os dados no computador e procurava os ficheiros correctos. - Apetece-me folhear o diário Tomás, achas que o posso ler?

Ela quando queria conseguia ter um olhar lascivo, pensava ele ao olhar para ela - Podes ler, mas isso é propriedade privada e ainda por cima intima.

Ela sorriu e deu-lhe um beijo - Obrigado Tomás - e saiu da sala com o diário. Ele ficou a olhar para ela e sentiu um arrepio ao relembrar novamente o beijo

.................................Continua...............................................................