13.10.07
Ficheiros Esotéricos: Amor
Márcio Branco
Hoje vou falar-vos um pouco de amor, ou pelo menos vou tentar falar sobre o que é isto do amor :-) Do meu ponto de vista obviamente, porque não sou nenhum especialista.
Este post surge no seguimento do que me acontece muitas vezes que é ver algum programa que eu ache interessante a temática desenvolvida e depois eu costumo estar a ver e a reflectir sobre aquilo e usualmente sai sempre qualquer coisa para escrever.
Muitas vezes estou a ver algum programa e ouço alguma coisa que tem a ver com alguma consulta realizada nesse dia e eu imediatamente envio um mail à pessoa/cliente em causa e lá volto a ser "maçador" e partilho com ela aquilo que ouvi e depois a reflexão feita. Fica aqui publicamente o meu pedido de desculpas aos clientes que depois eu chateio com este mails reflectivos, mas é por uma boa causa :-) Pelo menos eu penso que é, se um dia receberem um mail destes e acharem que já estou a ser demasiado chato, podem dizer que não me importo! :-)
Mas voltando ao tópico de hoje, vi esta semana um programa com o Julio Machado Vaz e abordou questões muito pertinentes e que passo a tentar reproduzir, a parte seguinte é uma citação mais ou menos fidedigna do que ele disse e desde já expresso o "plágio" realizado :-)
O Julio Machado Vaz contou que uma investigadora fez um estudo para determinar o que seria o amor e outras questões ligadas ao amor e para isso arranjou um grupo de pessoas e contou-lhes duas histórias. A primeira história retrata um rapaz que faz uma viagem de comboio, uma daquelas viagens em que se fica a bordo do comboio muitos dias e o rapaz diariamente fazia as refeições na carruagem-restaurante e durante a viagem acontecia-lhe que nunca tinha uma mesa disponivel apenas para ele. Ele viu-se obrigado a partilhar o tempo de refeição sempre com a mesma pessoa e que neste caso era uma rapariga que também estava de viagem. Apesar de depois da refeição não se voltarem a ver até à refeição, seguinte aqueles momentos que partilharam começaram a ser muito interessantes e quando a viagem chegou ao fim, ele decidiram imediatamente casar porque tinham sentido uma ligação. Relembro que apenas tinham conversado à hora das refeições, nem beijos, nem sexo, nada :-)!!
A segunda história relata dois jovens, um rapaz e uma rapariga, que apenas têm tempo para os estudos e nada mais. Os pais de ambos conhecem-se e quando eles terminam os estudos acham boa ideia apresentar um ao outro, podia ser que eles até gostassem de se conhecer.
O rapaz e a rapariga começam a sair juntos, cinema, teatro, ver que até têm coisas em comum e decidem namorar e depois casar.
A investigadora pergunta então ao grupo qual dos casais da história eles acham que vai dar certo como relação de futuro?
A maioria das pessoas do grupo acredita que o segundo casal tem mais hipoteses de sucesso, porque tomaram uma decisão reflectiva. O primeiro casal foi considerado pelo grupo como agindo imaturamente e totalmente irrealista e que foi uma paixão.
Bem :-) A pergunta mais interessante deste questionário ao grupo foi a que perguntava qual das histórias as pessoas preferiam ter vivido? A maioria opta pela primeira história :-)
Aquela que é aceite por todas a que não vai ter sucesso!! ehehehhehehheheeh
E quando eu ouvi isto, comecei logo a pensar, de facto nós queremos e desejamos cada coisa, tão distinta :-)
Mas a beleza do amor é isso mesmo não é? Durante as consultas, posso conversar e ver que cada uma das pessoas tem necessidades diversas, o que para uma é algo impensavel é para outra algo de desejavel.
Cada vez mais me convenço que o "amor e uma cabana" funcionam bem a nivel de literatura ou então no brasil ou outro país desse género mas tendo o dito casal uma avença mensal enviada de algum país mais rico, para que consigam de forma "modesta" levar a vida.
Na verdade as pessoas falam em homem ideal, mulher ideal e depois não é isso que importa. De que serve um homem ideal, que trate bem a mulher, que a ame, que a acarinhe, lhe diga diariamente que ela é a mulher da vida dele, se depois este homem não tem emprego por exemplo. Não consegue arranjar nada, como vai ser??? O amor vai resistir?
Ou então ter a mulher perfeita mas também não tem emprego, como é??
Estas questões são pertinentes porque tocam num ponto que para mim é central, nós falamos de amor e carinho, atenção e dedicação, mas só isso não chega. A pessoa hoje em dia tem de trazer consigo toda uma panóplia de dados adquiridos que resta muito pouco espaço para a ideia de homem ideal, só mesmo depois de tudo correcto, ele ter emprego, carro, preferencia casa, boa posição, fazer ginástica, cheirar bem, gostar de crianças e no final ainda se levantar às 7h da manhã para fazer o pequeno almoço :-) Aí será perfeito.
Mas até nesse a perfeição não vai durar muito :-)ehehheheheehhehhe
O amor é tão pessoal e ao mesmo tempo tão construido, que chego a duvidar se aquilo que acho ser amor é mesmo de mim ou se é de algo que li e gostei que assim fosse :-)