Eu gosto sempre de inovar e acima de tudo reinventar alguma coisa que já tenha feito, tentar não copiar mas introduzir alguma coisa de novo, de fresco J

E o meu blogue é sinónimo disso, a cada passo mais uma novidade e mais uma nova secção para poderem ler!

Desta feita, o “Diário Pessoal” vai tentar abrir a misteriosa janela que se encerra em cada consulta. Um relatar de forma totalmente anónima, histórias e vivências, que poderão ajudar a encontrar alguma resposta e algum rumo para algum dos leitores do blogue.

Estes relatos não são de todo actuais nem se pretende que tenham um registo que acompanhe a data actual. São relatos retirados de apontamentos e notas nas minhas agendas, que agora serão transcritos sem nenhum ordem específica, apenas a minha vontade em os agrupar segundo um tema ou assunto que entretanto me tenha lembrado.

O relato de hoje leva-nos ao centro do país, uma leitora do blogue decidiu partilhar o link com um amigo, que por sua vez gostou dos post´s e resolveu fazer a sua consulta para ver qual a sua tendência tarológica para o ano de 2008. Antes de qualquer consulta existe sempre a troca de e-mails ou então uma conversa exploratória inicial, pelo msn para podermos determinar a utilidade da consulta e se a mesma será útil ou não. Depois desse quebrar do gelo, a consulta é marcada e o/a cliente apenas tem de dizer o respectivo nome completo, data de nascimento e local de residência (não a morada postal mas a designação do local (Sobral de Baixo ou Aveiro, etc).

Geralmente as consultas com os senhores são mais objectivas no que diz aos assuntos a tratar, os homens geralmente trazem as dúvidas já bem identificadas e não é que seja uma critica, simplesmente são diferentes das senhoras. Por um lado tem vantagens já ter identificado as dúvidas ou questões mas por outro lado também torna a consulta mais rígida e não permite que se obtenham outras informações complementares, que muitas vezes se tornam bastante interessantes mas que só se chegou a elas porque se permitiu que a consulta tomasse um rumo mais livre.

Mas voltando a este cliente, a sua principal questão era a nível profissional, estava num cargo em que era esperado tomar muitas decisões e por vezes era necessário fazer escolhas e essas escolhas chocavam muitas vezes com os princípios e valores do Ricardo (obviamente que o nome é fictício). Através da consulta conseguimos identificar que o grande obstáculo nas tomada de decisão era o receio de se sentir injusto, a noção de justiça era muito forte no Ricardo e isso fazia com que ele tivesse de ter esse valor sempre em primeiro lugar. O segundo aspecto determinado foi que existia um desfasamento entre aquilo que ele pensava que era e com a pessoa que ele identificava todos os dias no trabalho como sendo outro Ricardo. No fundo era um choque de ideais mas que felizmente foi possível ultrapassar porque através da consulta foi possível dar ao Ricardo diferentes rumos a seguir e diferentes pontos de vista sobre o problema que ele tinha identificado e agora ele consegue optar sem sentir que está a abdicar dos valores dele.

Muitas vezes existe esta necessidade de equilibrar os nossos valores e princípios com os valores que estão à nossa volta. Quantas vezes não sentimos injustiça ou vivemos essa injustiça? E quantas vezes não nos sentimos o agente dessa injustiça para com os outros? São aspectos que devemos ter em conta porque o ser humano necessita de equilíbrio a todos os níveis e sem estarmos equilibrados não podemos agir com segurança e confiança e isso vai claramente afectar-nos no desempenho das nossas funções.

O Ricardo compreendeu que não precisava de abdicar de ser ele para poder desempenhar correctamente o seu trabalho dele e esperemos que continue sempre assim J Boa sorte e tudo de bom para todos vocês J